Como distribuir os ativos da carteira de investimento? Essa é uma dúvida recorrente e nem tão simples de ser respondida. Temos que ter sempre em mente que isso pode variar de investidor para investidor, uma vez que possuímos objetivos diferentes.
Porém, a distribuição de ativos em uma carteira de investimento é uma das decisões mais importantes que um investidor pode tomar. O que podemos dizer é que diversificar a carteira sempre parece ser uma boa ideia.
Uma carteira bem diversificada pode ajudar a mitigar riscos, melhorar a estabilidade e aumentar as chances de atingir os objetivos financeiros.
A seguir, veremos como distribuir os ativos de sua carteira de investimento de maneira eficiente, com foco em estratégias, opções de ativos e recomendações.

Avalie seu perfil de investidor:
- Antes de distribuir seus ativos, é fundamental entender seu perfil de investidor. Verifique sua tolerância ao risco, objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo, e sua situação financeira atual.
Diversificação:
- A diversificação é a prática de distribuir investimentos em diferentes classes de ativos, setores, regiões geográficas e outros critérios para reduzir o risco. Ao diversificar, você pode minimizar a exposição a riscos específicos de um ativo ou setor.
Alocação de ativos:
- A alocação de ativos refere-se à proporção de seu portfólio que você dedica a diferentes classes de ativos, como ações, títulos, fundos imobiliários, criptomoedas, renda fixa, entre outros. Uma abordagem comum é alocar mais para ativos de menor risco, como títulos, conforme se aproxima da idade de aposentadoria. Porém, isso está diretamente ligado ao seu perfil e objetivo.
Rebalanceamento periódico:
- Com o tempo, os desempenhos dos ativos podem alterar sua alocação inicial, ou seja, ganhos e perdas acontecem ao longo do tempo. Regularmente rebalancear sua carteira ajuda a manter a alocação desejada e evitar desequilíbrios.
Classes de ativos para considerar:
Ao criar uma carteira de investimentos decidimos aportar nosso capital em diferentes classes de ativos. Abaixo podemos ver exemplos de alguns dos mais comuns.
Ações: Ações representam uma parte de uma empresa e oferecem potencial de crescimento a longo prazo. Considere investir em ações de diferentes setores e regiões para diversificar sua exposição. Lembre-se de sempre estudar e conhecer muito bem sobre o tema antes de investir.
Títulos de Renda Fixa: Títulos, como tesouro e debêntures, fornecem pagamentos de juros regulares e tendem a ser menos voláteis do que as ações. Eles podem ser uma opção mais segura para investidores mais conservadores.
Fundos Imobiliários (FII): FIIs permitem investir em imóveis de maneira diversificada, proporcionando renda por meio de aluguéis e potencial de valorização. Existem fundos de Papel e Tijolos ou fundos de fundos.
Criptomoedas: As criptomoedas oferecem alto potencial de retorno, mas também são altamente voláteis. Considere investir uma pequena parte de sua carteira nesse setor, se o seu perfil de risco permitir. Estude muito sobre o tema antes de investir neste ativo.
Fundos de Investimento: Fundos de investimento agrupam recursos de vários investidores para aplicar em uma carteira diversificada de ativos, administrada por profissionais. Eles podem ser uma maneira conveniente de diversificar.
Commodities: Commodities, como ouro, prata e petróleo, podem ser uma proteção contra a inflação e volatilidade nos mercados financeiros.
Existem muitas outras categorias de ativos, e por ser uma lista extensa, listamos somente algumas mais comuns para conhecimento geral. Lembrem-se, todo e qualquer tipo de investimento deve ser seguido de muito estudo e conhecimento para evitar perdas não planejadas ou desnecessárias.
Exemplos de como alocar seus ativos:
Seguem abaixo alguns exemplos ilustrativos de como podem ser definidos as estratégias de alocação de ativos. Lembrando somente que a decisão deve ser do investidor que possui objetivos e critérios definidos e conhece sua tolerância a riscos. Esta decisão preferencialmente não deve ser delegada a terceiros.
Jovens:
- Jovens investidores com maior tolerância ao risco podem destinar uma parcela maior para ações (60% ou mais), enquanto títulos e outras opções de renda fixa ocupam uma menor proporção (30% ou menos). Uma pequena porção pode ser direcionada a investimentos alternativos, como criptomoedas ou commodities.
Meia-idade:
- Investidores na faixa dos 40-55 anos podem adotar uma abordagem equilibrada com cerca de 50% em ações, 30% em títulos e 20% em outros ativos, como FIIs e fundos de investimento.
Perto da aposentadoria:
- Investidores mais próximos à aposentadoria podem querer preservar o capital e manter um portfólio mais conservador, com cerca de 40% em títulos e renda fixa, 30% em ações e 20% em investimentos alternativos.
Atenção, não se esqueçam, antes de iniciar seus investimentos, tenham certeza de já possuir sua reserva de emergência aplicadas em ativos seguros e de preferência com liquidez diária.
Glossário:
Alocação de Ativos: Estratégia de dividir investimentos entre diferentes classes de ativos para diversificar o risco.
Diversificação: Prática de investir em uma variedade de ativos para minimizar o risco de mercado.
Rebalanceamento: Ajustar a distribuição de ativos em sua carteira para manter o perfil de risco desejado.
Perfil de Investidor: Avaliação da tolerância ao risco e objetivos financeiros do investidor.
Títulos de Renda Fixa: Investimentos que pagam juros regulares e têm menor risco em comparação com ações.
Espero que este artigo tenha fornecido ideias úteis sobre como distribuir os ativos de sua carteira de investimento. Lembre-se de ajustar sua estratégia conforme suas circunstâncias financeiras e objetivos evoluem ao longo do tempo.